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quarta-feira, 26 de junho de 2013

A MULHER POR TRÁS DO ESTILO

 



Coco Chanel, apesar de ter felicidade em seu nome, Gabrielle Bonheur Chanel,  não teria muitas perspectivas levando em conta sua origem pobre, nascida numa família numerosa, em 19 de agosto de 1883, num tempo em que ainda não havia qualquer privilégio em ser mulher, a não ser um bom casamento, que obviamente se realizava entre pessoas do mesmo nível social.

Sua mãe, uma humilde faxineira, faleceu enquanto Coco, apelido carinhos o q seu pai lhe dera, inspirado num pássaro e os irmãos não eram ainda capazes de tomar conta de si próprios, e a solução foi colocar as  meninas num internato e os meninos ficarem com o pai, um feirante, ao qual eles ajudavam.

Não demorou muito para que as condições adversas o tornassem tuberculoso e morreu jovem.

Corajosa, determinada, como se espera de uma leonina, executou o plano que há muito vinha elaborando, com uma prima: fugir dali para tentar  algo melhor. E refizeram o roteiro usual daqueles que tentam sair da miséria: testes para o Music Hall e etc., trabalharam em chapelaria, e despertaram, como até hoje, o interesse dos homens financeiramente bem postos, para casinhos sem compromisso.

Chanel passou a ser o brinquedo novo de um herdeiro de tecelagem e confecção, cuja maior fonte de lucros era fornecer fardas para o Exercito. Este relacionamento lhe trouxe algumas vantagens, novos amigos, conforto e o gosto por cavalgadas.

Mas era inteligente e talentosa, tirando proveito das oportunidades que surgiram em seu caminho, ou mesmo tivesse bem claro para si mesma, que tomar decisões usando a própria cabeça, exigia coragem, mas não havia, outra opção.

Quando percebeu que o joguinho perdera a graça para o menino, o que nem a afetou tanto, pois ela já havia percebido que os homens seriam sempre crianças, partiu levando consigo o seu quinhão: contatos e o patrocínio para abrir uma chapelaria.

Partiu para novos amores, enquanto seu negócio prosperava, porque ela tinha estilo, passou a fazer roupas elegantes e confortáveis, porém revolucionando o hábito do excesso de detalhes e do espartilho, que tolhia os movimentos das que os usavam.  Digamos que lançou roupas muito elegantes, com estilo, mas mais agradáveis e de qualidade. Poderíamos chamá-la de precursora da preocupação com a sustentabilidade.



Por influência de um nobre russo, falido, passou a usar bordados em torno das túnicas sobre e calças compridas amplas, “boca de sino” e afirmava “o luxo não é o oposto da pobreza, mas da vulgaridade”

 Bem, mas com todo esse talento, e  história de vida, ela não deveria ser uma pessoa fácil...Durante a segunda guerra, fechou sua loja, trancou-se no Ritz, onde sempre morou, e teve um romance com um “oficial” espião alemão, tornou-se suspeita de contra  espionagem. Afastou-se, morando algum tempo na Suíça.
De volta a Paris, sua primeira coleção no pós guerra, não foi bem recebida....

Não se sentiu derrotada. Norteou-se por seus próprios pensamentos: “A força se consegue com fracassos e não com os sucessos” e voltou-se para a América.

Os Estados Unidos estavam na euforia dos vencedores, com muito dinheiro, e aspirando além de consumir, adquirir classe...

Ela passou a exportar seus produtos, que atendiam plenamente as aspirações das mulheres americanas: luxo e refinamento.

E também porque, uma das pessoas mais citadas e fotografadas era uma mulher que já usava Chanel desde o berço: Jackie Kennedy. A futura primeira dama dos Estados Unidos, suspeita-se, foi escolhida para dar um toque de classe à família do candidato, cuja fortuna não fora amealhada de modo muito louvável, segundo o código vigente entre as elites dominantes que, exigentes, repetiam sem saber, o pensamento da estilista : há pessoas que são ricas, e as que tem muito dinheiro...
Foi muita sorte ter Jackie,  entre  suas clientes, uma pessoa de genuína elegância, mas o estilo Chanel foi copiado  no mundo todo, e permanece, revitalizado após sua ausência por Karl Lagerfeld, que seguiu a orientação: a moda sai de moda, mas o estilo jamais...



Coco Chanel tornou seu estilo uma forma de vestir-se com elegância atemporal, e sobretudo compatível com o cotidiano da mulher do século XXI, cuja agenda é lotada, e precisa apresentar-se bem, com conforto e bom humor!



Ah! Chanel é sempre tão presente, que quase me esqueço de mencionar que 1971, ela se foi...

Será? Bem ela é um clássico e surpresa! eu não estou afirmando, mas sugerindo, que ela adoraria brechós, típico do europeu, mesmo porque afirmou que adorava curtir seus vestidos antigos... e, estou inferindo que, quando ainda não  era tão famosa, freqüentou muitos e até se inspirou em alguns...
Bj











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